Nisekoi #2 - Semelhante atrai semelhante.

Imagine que você não possa escolher o seu futuro e terá que passar os próximos três anos alimentando uma mentira salvando sua própria pele da aniquilação?

Na química temos um ditado que diz exatamente “Semelhante atrai semelhante” quando alguma coisa nelas é igual, elas tendem a reagir. Isso pode se aplicar não só nos elementos químicos e sim nos nossos queridos personagens de Nisekoi.

Ao longo que todo episódio que desenvolveu totalmente em prol de nos mostrar o drama que envolve a situação desagradável de Chitoge e Raku que se encontram numa verdadeira cilada sendo obrigados pelos próprios pais a forjarem um namoro que durará 3 anos.

A abordagem das cenas é incrível fazendo com que você se surpreenda com o nível de “proteção” dos mafiosos com ambos os personagens sendo mais cuidadosos que os próprios pais que na verdade só querem que a guerra entre as duas facções termine.

A aparição de Claude e toda a gangue Beehive nos domínios da Shuei-gumi é incrível como nos filmes de máfia em que eles chegam armados até os dentes com tudo que tiverem direito prontos para iniciar uma verdadeira guerra, porém dessa vez se depararam com a notícia que se trata de dois jovens apaixonados  e não de um suposto sequestro.

Uma das partes que mais me chamou a atenção e deixou a trama divertida é o fato que o medo move esses dois que de começo não queriam admitir o namoro para ambas as partes e no meio das ofensas que já conhecemos recebem boas vindas de balas e ataques de katana vindo de ambas as gangues. A percepção de que era necessário fingir estarem apaixonados para sobreviver é envolvente fazendo com que eles se tornem verdadeiros atores dignos do Oscar interpretando um casal totalmente “mela- cueca”.

Com todos esses problemas em evidência os dois acabam percebendo aonde eles  se meteram  e que estão com a vida totalmente comprometida aos mafiosos que se por um acaso descobrirem que não passa de uma farsa pode acontecer o pior com cada um deles. Um ponto engraçado é que eles saem para um “date” um encontro entre namorados logicamente forçado pela gangue Beehive responsável por Chitoge. Nesse encontro descobrimos que por mais que eles se achem diferentes um do outro eles na verdade tem bastante coisa em comum, partindo do princípio que os dois não são nem um pouco experientes nas relações amorosas e nunca se quer tinham pego na mão de uma pessoa do sexo oposto. Eu pude notar claramente que os dois possuem uma casca dura como se fosse uma “armadura” para não demonstrar nenhum tipo de fraqueza mas na verdade dentro deles existem dois jovens bastante sensíveis.

Uma comparação do modo que Raku sempre idealizou um encontro com Onodera (e finalmente aconteceu  só que com Chitoge) é bem semelhante à maneira que o filme “500 dias com ela” retratou a “expectativa” e a “realidade”. Tom (Joseph Gordon-Levitt) imagina que Summer (Zooey Deschanel) irá agir de uma forma com ele e acontece totalmente o oposto do que ele queria, porém no caso de Nisekoi (sem dramas e toda a base da comédia que já conhecemos) a expectativa de Raku era uma cena que  Onodera age como uma princesa passando a tarde em um encontro super mágico e a realidade é Chitoge sendo a mais grossa das damas deixando o pobrezinho super sem graça com a situação.

Mesmo com todo esse clima de desacerto eles tem alguns momentos “tendenciosos” para o romance como na parte que ele a observa dormindo no cinema e a acha bonita e também quando ele a impede de fazer bater em alguns idiotas no meio da rua e a puxa pela mão e depois diz que ela tem que se dar o valor e escolher melhor as batalhas.

Tenho que ressaltar que o estúdio Shaft acertou em mais um episódio no quesito de animação com as texturas diferentes durante quase todo episódio e incrivelmente eles conseguiram o tempo correto para que a piada e o visual fosse de extrema sincronia. Mas vale lembrar do efeito que deixou um pouco à desejar foi  o que imita um “mangá” que é um tanto quanto diferente, mas é dispensável diante de uma cena que seria muito melhor correndo com uma animação tradicional como sempre esperamos (eu pelo menos quando leio algum mangá eu imagino praticamente todas as cenas em animação que é a mídia que mais me atrai).

Eu ri bastante tendo uma pequena falta de ar quando a Onodera aparece no parque no momento em que  Raku espera Chitoge voltar do banheiro e eles ainda estão no “encontro”, o jeito que ele age é sensacional e a música que se tornou o hino de quando alguma tragédia acontece constrói um clima intrigante.

A maneira engraçada que eles retratam Onodera satirizando a olho nu um protótipo de “princesa” ou melhor “uma garota perfeita para qualquer um” a envolvendo de florzinhas quando ela aparece. O “timing” das situações é perfeito enquanto Onodera aparece para Raku, Chitoge escuta alguns de seus capangas desconfiando da veemência do seu namoro o que a faz ter um impulso amoroso não enxergando a garota conversando com seu “namorado” tornando a situação mais embaraçosa que já estava fazendo com que Onodera se convença que o namoro dos dois é completamente verídico. É isso que a gente quer ver né? Quanto mais confusão melhor!

Nós sabemos que a Onodera é supostamente a dona da chave do pingente de Raku e depois disso tudo ela ainda não teve coragem para dizer o quem realmente ela é mesmo com o garoto a perguntando se ela já tinha visto aquilo antes fazendo com que ela se torne uma verdadeira “protagonista de novela mexicana” com o eterno impasse de “conto-não-conto” dando agonia a todos que acompanham Nisekoi, que claramente tem a consciência que vai demorar bastante tempo para desenrolar a história que pode se tornar um triângulo amoroso.

Não é por nada não mas esse anime é o coquetel de emoções da temporada!

Ah! E tem o ~BÔNUS~ no fim do episódio trás uma espécie de animação um pouco diferente  abrangendo a descontração podendo conhecer mais o jeito dos dois em relação a situações fora da trama. Eu sinceramente acho super importante essa “mídia” final que me remete a l D. Gray man outro famoso anime que possuía esse mesmo tipo de recadinho final e acabou se tornando uma espécie de “grand finale”.

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