quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A busca do poder em Soul Calibur II

As capas oficias de Soul Calibur II (divulgação).

O ano de 2003 faz parte de uma vívida lembrança na memória de minha pessoa. Em dada época a gana por videogames era imensa e se ver imerso à tantos jogos bons, ou minimamente desejos, era um convite certo para o banquete em frente à televisão da sala, com o PlayStation One ligado e deliciando-se com jogos do naipe de Final Fantasy IX, Final Fantasy Tactics, Capcom vs SNK PRO e Crash Team Racing (dentre vários outros tantos). E no citado ano foi lançado um jogo em especial que, apenas em 2005 seria devidamente aproveitado e jogado com grande alegria pela minha parte.


A Namco nunca se cansou de mostrar a beleza e a glamourosidade com a qual trabalhava em seus jogos, desde os RPGs mais conhecidos até os incríveis fighting games. Não se faz falar de Tekken aqui, mas sim da série Soul Edge / Soul Calibur. Mesmo no primeiro PlayStation já foi possível ter uma amostra sobre o que viria pela frente, com um jogo que realmente sabia prender a atenção sob os mais diversos fatores, sendo este a primeira versão de Soul Edge.

Mas voltemos para 2003. No citado ano a Namco lançou o que seria considerado, na época, o jogo definitivo para os fãs da estória que se desenvolvia sobre a espada demoníaca conhecida como Soul Edge, que atraia a atenção de todos em uma Europa calamitosa por volta do ano 1590 (na cronologia do jogo).Este era Soul Calibur II, um jogo multi-plataforma que soube agradar totalmente aos fãs ad Sony, da Nintendo e da Microsoft. De acordo com o plot do mesmo, a aura negra que emanava do dito objeto não conhecia limitações e muitas foram as pessoas que pereceram em razão de seu incrível poder.

O Link em Soul Calibur II.

Conta-se que um certo personagem descobriu que a Soul Edge tinha uma forma que poderia ser considerada como a divina da mesma, sendo esta a de nome Soul Calibur. Isto havia atraído a atenção do guerreiro Siegfried, que resolveu não apenas explorar o continente europeu em busca desta espada, como acabou visitando o inferno para almejar o seu objetivo. Com tal objetivação surgiu a figura de Nightmare, um tipo de alter-ego do guerreiro anteriormente citado, estando este devidamente possuído pela aura maligna da Soul Edge.

Além da questão que envolvia este personagem em específico, muitos outros se sentiram atraídos pela lenda que se fazia circular por toda a Europa sobre tal poderoso objeto. Lenda esta que acabou conhecendo outros locais além do Velho Continente, pois até mesmo o samurai Mitsurugi se sentiu instigado em recolher tal espada com o intuito de auxiliar nas lutas que assolavam o japão daquela época. O espadachim Raphael buscava por algo que pudesse auxiliar na revolução que tomava conta de seu País, a França. A ninja Taki também foi à luta, tendo seus objetivos pra obter o controle da demoníaca Soul Edge. E isto foi apenas para citar a motivação de alguns dos personagens presentes em tal universo.

Somente pela estória e seu desenvolvimento já era possível notar que a Namco não apenas estava sabendo manter a atenção sob uma de suas maiores franquias, como principalmente mostrava que o elenco presente em Soul Calibur II possuía as suas motivações extras para se fazerem presentes naquelas arenas de combate, independente do uso da Soul Edge ser para uma causa nobre ou apenas para almejar com maior facilidades certas ganâncias humanas bem pessoais.

Necrid, a criação de todd McFarlane exclusiva para Soul Calibur II.

Mas o ano de 2003 tinha três videogames que sabiam chamar a atenção dos gamers daquela época, cada qual com os seus pontos fortes bem segmentados e com aquela ostentação em poder reter o máximo possível de público para os mesmos. A Namco, em uma jogada bem interessante de ação, acabou fazendo com que Soul Calibur II fosse lançado no sistema de multi-plataforma, visando assim agradar tais públicos tão diferentes entre si. E não estando empenhada "apenas" nisto, tal empresa ainda resolveu contar com um nome de peso para criar um personagem novo e exclusivo para o jogo.

Sim, a Namco chamou por Todd McFarlane (o criador da franquia Spawn) para trazer ao universo de Soul Calibur II um novo e enigmático combatente. Este foi Necrid, um estranho ser que não dizia palavras concretas e que possuía uma aparência monstruosa e deveras repugnante.Mas a maior surpresa ainda estava por vir, pois a maior criação de McFarlane estaria também presente como personagem selecionável em Soul Calibur II.

Aqui cabem mais elogios à Namco em sua ousada (certeira) proposta. Não apenas o jogo teria uma versão para cada principal videogame da época (PlayStation2, GameCube e X-Box), como também cada um destes contaria como um personagem totalmente exclusivo, podendo ser usado em todas as opções de jogo disponíveis para cada console, contando com o seu arsenal de armas disponíveis e, sobretudo, com os seus visual clássicos e tradicionais (além de músicas arrebatadoras).

Spawn, exclusivamente na versão X-Box do jogo.

Desta forma, o Spawn acabou sendo o personagem exclusivo para o X-Box. A criação máxima de Todd McFarlane iria distribuir suas porradas e golpes pesadíssimos ante os mais fortes guerreiros que o universo de Soul Calibur II tinha para oferecer. Na versão de PlayStation2 apareceu o Heihachi (de Tekken) como lutador exclusivo. Desnecessário aqui enfatizar que o maquiavélico guerreiro deveria ter motivos de sobra para reter a posse da Soul Edge para si (além de poder voltar para o seu tempo). E para GameCube o personagem designado foi ele, Link. Na busca por novas fontes de poder para deter Gafgarion no Reino de Zelda, o elfo guerreiro acabou aparecendo no universo de Soul Calibur II para, talvez, poder fazer um bom uso da espada demoníaca.

Ingredientes mais do que suficientes foram assim apresentados, não apenas para agradar os usuários de cada sistema de entretenimento em si, como principalmente para garantir um bom valor de replay value para o jogo, graças a alguns modos novos de combate que se fizeram presentes neles. mas não apenas de bons personagens vive um fighting game, pois além do diferencial exaltado por um plot consistente e satisfatório, existem também as questões da jogabilidade e da apresentação visual do jogo em si.

Definitivamente, Soul Calibur II faz bem aos olhos de quem o joga, mesmo já tendo se passados longos onze anos desde o lançamento do mesmo. Cada detalhe dos personagens, dos cenários, o uso das cores e de tudo aquilo que a tecnologia da época tinha à disposição fizeram de Soul Calibur II um modelo à ser seguido. Embora possa soar aqui como um grande exagero de minha parte, é saudável mensurar o quanto o jogo sabe ser belo e atrativo, uma verdadeira obra-prima visual. E isso sem entrar na questão de sua digna e antológica OST, competente em seus arranjos e bela em seu orquestrado. É difícil não se emocionar ao escutar o tema de The Legend of Zelda, em ritmo de opereta e fazendo uma digna alusão e reverência à presença do elfo Link no jogo (isto apenas para citar um exemplo).

O Heihachi marcou presença na versão PlayStation 2 de Soul Calibur II.

No que tange à jogabilidade, Soul Calibur II não deixou nenhuma dúvida quanto às inúmeras possibilidades de ação que o jogo podia oferecer. Muito embora fosse tudo muito intuitivo e preciso (sendo este um fator que já gera muitos pontos positivos), cada personagem possuía golpes únicos e bem interessantes de serem aplicados, conferindo ao jogador um pouco mais destreza para aplicá-los adequadamente durante as lutas. Os golpes básicos marcavam presença com a facilidade costumeira de serem executados, mas as possibilidades para combos e sequências mais eletrizantes chamavam a atenção dos jogadores mais exigentes com grande valia.

Com base neste longo texto, você deve estar se perguntando se Soul Calibur II vale a pena em ser jogado nos dias de hoje. A dica de minha pessoa é que vale muito se divertir com este jogo, por tudo que foi mostrado neste post  e também pela chamada aos seus extras e pontos fortes que, seguramente, ainda dão incríveis pontos positivos para o mesmo. Aparentemente, Soul Calibur II não sentiu o peso de onze anos terem se passado, pois ele já pode ser considerado como um verdadeiro clássico dentre os jogos de luta.

Até a próxima!

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